Não sei muito bem qual é a magia da árvore de Natal. Mas que se sente, ah, isso sente.Antes, há alguns anos já, era a procura pelo pinheiro manso que (apesar de degolado) tivesse aquele ar mejestoso que enchia toda a sala. O vaso cheio de terra, e o chão apinhado de agulhas. Os cheiros tão vivos, ainda. E a decoração... antes de tudo, as luzes. As luzes que cantam, e que piscam ao ritmo das canções. Tantas canções...
Adeste Fideles
Laeti triumphantes
Venite, venite in Bethlehem
Natum videte
Regem angelorum
Venite adoremus...
Dashing through the snow
In a one horse open sleigh
O'er the fields we go
Laughing all the way...
Joy to the world
The Lord is come...
Rudolph, the red-nosed reindeer
had a very shiny nose.
And if you ever saw him,
you would even say it glows...
É de referir que a árvore actualmente decorada é um pinheiro manso artificial, feito no «tradicional plástico de polipropileno» (é mesmo xD).
Depois, há o presépio, que não está dependente de qualquer crença religiosa... está antes enraizado nas memórias natalícias da infância. Para fazer o presépio, íamos até à «cozinha velha», aquele sítio esquecido, com uma cortina escura a fazer de porta, e com a real porta bloqueada, que dava acesso ao nosso quarto. Lá dentro, reinava o pó, a escuridão, o mistério e as memórias de todos aqueles que lá moraram antes de nós (vá, havia medo, também). Numas prateleiras improvisadas, encontrava-se a enorme caixa com as decorações de Natal. E as figuras do presépio. As figuras são antigas, pesadas, passaram (e passam) por várias gerações da família. O musgo não pode faltar.
Agora, é só ir à arrecadação. Continuam a reinar o pó, o improviso e as decorações de Natal, entre casacos «com mais de vinte anos», barbies e bicicletas.
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